A energia do futuro vem do deserto

A ideia tem tanto de espectacular como de genial e é a maior iniciativa de todos os tempos no que diz respeito à produção de energia.
20 consórcios alemães estão a trabalhar em conjunto num projecto que prevê o abastecimento dos lares alemães com energia solar proveniente dos desertos africanos. O valor da iniciativa está avaliado em 400 mil milhões de euros e o acordo de cooperação entre os consórcios será assinado meados de Julho de 2009. Do grupo promotor da iniciativa fazem parte o grupo Siemens, o Banco Nacional Alemão, uma sociedade seguradora de Munique e o segundo maior fornecedor de energia alemão, RWE.
O projecto prevê a construção de gigantescas unidades de produção de energia solar nos desertos do continente africano. O início do fornecimento de energia está previsto para daqui a dez anos.
Apesar da crise económica o consórcio quer com esta iniciativa tomar as medidas necessárias contra as alterações climáticas, não escondendo a sua ambição de se assumir a vanguarda nas tecnologias de produção de energia verde. O projecto designado por Desertec quer ainda provar a rentabilidade económica deste tipo de energia.
Um projecto deste tipo já vinha a ser preparado há alguns anos por cientistas, políticos e gestores. A médio prazo está também prevista a participação de parceiros económicos europeus e africanos. Existem já sinais positivos de Itália e Espanha e de países do Norte de África. Os franceses estão ainda hesitantes preferindo continuar a apostar na energia atómica.
Um dos critérios fundamentais para a instalação dos painéis solares no deserto é a estabilidade política do país disponível. O aproveitamento de energia solar deixou de ser uma utopia. No deserto de Mojave, na Califórnia, e em Espanha já estão a funcionar as primeiras unidades de produção de energia solar deste tipo. Pelo sistema de espelhos estas unidades fazem convergir os raios solares que vão aquecer um óleo especial, transformando o seu calor em vapor de água que por seu lado irá fazer mover as turbinas. E aqui está a diferença fundamental em relação aos painéis fotovoltaicos, que transformam a energia directamente.
Artigo original em: Magus

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