Almeirim: Eleitos do PS querem destituir Mesa da Assembleia Municipal presidida por socialista

A Assembleia Municipal de Almeirim reúne-se extraordinariamente no próximo dia 14, a pedido de nove eleitos do PS, para votar a destituição da Mesa, presidida pelo socialista Armindo Bento.
A carta dos deputados municipais socialistas foi entregue no passado dia 29 de Setembro, três dias depois da reunião da Assembleia Municipal em que Armindo Bento anunciou que, na próxima sessão, poria à consideração dos deputados municipais, os únicos "com legitimidade para esse efeito, a continuidade ou não desta Mesa".
Armindo Bento disse hoje não reconhecer legitimidade à reunião da Comissão Política da concelhia do PS que, em Julho, lhe retirou a confiança política. "Sou membro da concelhia e nunca recebi nenhuma convocatória, nenhuma ordem de trabalhos", afirmou.
Por outro lado, Armindo Bento afirmou que, como presidente da Mesa da Assembleia, não pode permitir que deputados municipais ponham em causa a ordem de trabalhos previamente aprovada, pelo que a Mesa teria que pôr à consideração a sua continuação ou não.
Em causa esteve o ponto proposto pela CDU para discussão do local onde deve ser construído o Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo, em alternativa aos terrenos negociados com o Governo, que, disse, obrigarão ao abate de "oito mil sobreiros".
As divergências entre Armindo Bento e o presidente da concelhia socialista, e presidente da Câmara Municipal de Almeirim, José Sousa Gomes, conheceram vários episódios ao longo do mandato, tendo-se agravado com a recente decisão de construir o Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo na Herdade dos Gagos, freguesia de Fazendas de Almeirim.
Armindo Bento posicionou-se ao lado dos críticos ao modo de actuação do executivo liderado por Sousa Gomes, acusando-o de secretismo e sonegação de informação no processo que levou a Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim a assinar um protocolo com o Governo para a construção do estabelecimento prisional em terrenos da freguesia.
Armindo Bento é um dos subscritores de uma queixa contra o Estado português entregue em Bruxelas e que questiona a legalidade do abate de sobreiros em terrenos que receberam dois subsídios comunitários para reflorestação e recuperação daquela espécie.
Artigo original em Público.pt

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...