Qualidade da água para consumo depende das florestas

A conclusão de um relatório feito pelo Banco Mundial em parceria com o Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF) é clara: autoridades municipais poderão reduzir suas despesas no tratamento da água que servem as populações caso invistam mais na expansão das florestas que circundam as zonas de captação.
O estudo “Correr Pura” avaliou 105 metrópoles de países com diferentes níveis de desenvolvimento – Nova Iorque, Jacarta, Tóquio, Rio de Janeiro, Barcelona ou Nairobi – e seus respectivos sistemas de abastecimento, concluindo que mais de um terço destas cidades consome água de rios cujas nascentes se encontram em zonas de florestas protegidas que funcionam como filtros, retirando poluentes como pesticidas.
Em Portugal, Lisboa é um óptimo exemplo: depende da zona protegida da Serra da Estrela, lugar de nascente do rio Zêzere, cuja qualidade das águas pode ser afectada pelos recentes incêndios que atingiram o país. O investimento nas florestas é mais barato, ecológico e eficaz. De acordo com David Cassels, porta-voz do Banco Mundial, “Proteger as florestas que circundam as zonas de captação é uma necessidade premente pois, se forem destruídas, os custos para o abastecimento de água das populações sofrerão um aumento insustentável”.

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