Dê Colo à Ajuda de Berço

Crise vai criar redução artificial de resíduos urbanos

A meta foi lançada pelo Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos: Portugal tem agora menos de seis anos para cumprir a meta de 10 por cento de redução deste tipo de resíduos, o que significará, na prática, menos 47 kg de resíduos por habitante/ano e uma redução total de cerca de 500 mil toneladas/ano.Em 2009, em Portugal continental, foram recolhidas 5.184.592 toneladas de RU, sendo 87 por cento proveniente de recolha indiferenciada e 13 por cento de recolha selectiva. No que se refere à quantidade de resíduos produzidos por habitante, verifica-se que a capitação anual em 2009 foi de 511 kg/hab.ano.

Entre os objectivos do programa estão acções de prevenção por fluxo de resíduos, tais como a adesão à factura electrónica, no caso do papel, a promoção da compostagem individual e colectiva, de matérias orgânicas, ou a substituição de sacos de utilização única por alternativas reutilizáveis, no caso das embalagens e plásticos.

Para Rui Berkmeier, especialista da Quercus na área de resíduos, a crise vem trazer dificuldades na monitorização do cumprimento da meta, já que a redução do consumo se relecte, directamente, na quantidade de resíduos urbanos produzos. «Qualquer cálculo será difícil, e as politicas fiscais, aqui, serão determinantes. É preciso fazer um trabalho direccionado com um enfoque específico em cada fluxo», defende.

Paulo Partidário, da Unidade de Produção-Consumo Sustentável do Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG), acredita que a solução passa por progredir para uma sociedade mais eficiente na gestão do desperdício e dos recursos. «Pela complexidade de que se reveste a temática da prevenção de resíduos urbanos, por estar intimamente associada ao comportamento do consumo, é também nossa convicção que deve desenvolver-se um esforço integrado nas cadeias de produção-consumo, convenientemente articulado com diferentes instrumentos económicos e financeiros», defende.

A mesma opinião tem Rui Berkmeier, que defende uma que o governo deveria criar incentivos para a compra de certos produtos, levando os consumidores a mudar os hábitos instalados, ao mesmo tempo que a indústria tem um papel primordial na concepção de produtos mais duradouros e/ou reutilizáveis. «Os hábitos de consumo têm de ser mudados, o que pode ser feito através do preço dos produtos. Deveria existir uma discriminação positiva, a nível de imposto, para os produtos mais amigos do ambiente, assim como as compras públicas do Estado deveriam dar o exemplo e apostar em força neste produtos», defende o responsável.

Na Alemanha,por exemplo, a estratégia passou por incluir uma espécie de tara sobre as embalagens descartáveis, conseguindo reduzir grandemente o consumo. Em Inglaterra,a aposta tem passado pela reutilização de equipamentos eléctricos e electrónicos e pelo desenvolvimento de um mercado de roupa em segunda mão. Em Portugal, as primeiras estratégias de prevenção incidiram sobre a promoção de embalagens reutilizáveis e na distribuição de autocolantes a proibir a publicidade nas caixas de correio.

Semana Europeia da Prevenção de Resíduos

De 20 a 28 de Novembro assinala-se a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, sendo que várias empresas e entidades irão lançar campanhas neste sentido.

A Futuros Sentidos, por exemplo, decidiu incidir a sensibilização sobre o consumo de água da torneira, para a redução do consumo de garrafas de plástico. A Resíduos do Nordeste está a desenvolver uma acção em que irá recolher os resíduos verdes produzidos no Mercado Municipal da cidade de Mirandela e utilizá-los num processo de compostagem caseira. A EGF, juntamente com a Secretaria de Estado do Ambiente, a Quercus e a marca Ecologicalkids decidiram apostar nas fraldas reutilizáveis. Assim, durante esta semana, irão entregar um kit composto por três fraldas nas nas maternidades e principais centros hospitalares de Portugal.

Autor / Fonte

Diana Catarino

Todos unidos em defesa dos que passam fome


Todos os dias há novos restaurantes e cafés a aderirem a este fantástico movimento de não deitarem para o lixo os "restos de comida" mas sim oferecê-los através de instituições ou directamente às famílias que já não conseguem fazer uma refeição diária, apesar de o terem de fazer secretamente pois violam claramente a lei de saúde pública que determinantemente o proíbe.
Também nas cantinas das grandes empresas díariamente sobram centenas de refeições que obrigatoriamente e por lei têm de ser deitadas no lixo.
Está a correr uma petição para que a lei seja alterada com toda a urgência pela Assembleia da República.

Assinem e convidem os vossos amigos a assinar: 

São já muitos

Já plantou uma árvore?

O Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, e o Parque Natural Sintra-Cascais vão ser palco de várias acções de plantação de um total de 4000 árvores entre sábado e o dia 28, escreve a Lusa. 

Promovida pelo grupo cívico «Plantar uma árvore» e pelos municípios de Lisboa e Cascais, a iniciativa vai envolver escolas e cidadãos, que se podem inscrever na Internet (www.plantarumaarvore.org). 

Segundo informação do grupo, cada participante irá plantar duas árvores, cedidas pelas câmaras. 

As duas autarquias intervêm também ao disponibilizar e preparar os terrenos e ao fornecer apoio logístico e técnico nas actividades, realizadas no âmbito da celebração do Dia da Floresta Autóctone, que se assinala a 23. 

As cerca de 4000 árvores, número que supera o das iniciativas desenvolvidas no ano passado pelo «Plantar uma árvore», começam a ser plantadas pelos cidadãos inscritos no sábado em Monsanto e em Cascais.
Na capital, onde serão distribuídas cerca de 2500 árvores, a plantação repete-se nos dias 23 (para escolas) e 27 (para o público). 

Em Cascais, as actividades envolvendo o público em geral decorrem também no próximo domingo e no fim de semana de 27 e 28, ficando os dias úteis a cargo das escolas. 

Entre os dias 23 e 28 realiza-se também a Semana Nacional da Reflorestação, promovida pelo movimento cívico «Plantar Portugal» e destinada a plantar mais de 100 mil árvores por todo o país. 

Cerca de 60 municípios estão já associados à iniciativa, apoiada por entidades como a Autoridade Florestal Nacional, a Associação Bandeira Azul da Europa e o movimento internacional «Let`s do it World», que inspirou o já decorrido «Limpar Portugal» e iniciativas semelhantes noutros países.

Artigo em Diário.iol.pt

Petição Por um Portugal mais limpo.

Petição Por um Portugal mais limpo.

Para:Presidente da Assembleia da República; Assembleia da República e Grupos Parlamentares do PSD,PS,CDS-PP,PCP,PEV e BE

Os Portugueses, ao deslocarem-se pelas estradas de Portugal, deparam-se com tristes cenários de valetas imundas e entupidas por restos de biomassa; por invólucros plásticos e metálicos; por pedras e terras caídas.

Mas não só! Quantas vezes surgem nas matas, monos, electrodomésticos velhos e montes de lixo resultante de demolições que criam uma paisagem e um ambiente nada limpos e dignos de se ver. Mesmo depois da louvável iniciativa “Limpar Portugal” – onde imensos Portugueses, num “grito” e esforço cívicos, contribuíram para limpar as nossas matas – este mal continua a ser visível.

O Estado central e as Autarquias têm demonstrado um tremendo desmazelo por estes aspectos. O povo Português também não se pode abster de culpas. Quantas vezes se elogia a limpeza dos outros países mas não se contribui para a do nosso próprio Portugal.

Sendo assim, esta petição tem o intuito de sensibilizar a Assembleia da República e os Partidos para o debate sobre este problema e para a criação de legislação no sentido de:

1 – Criar-se legislação no sentido de existir uma obrigatoriedade na limpeza de bermas, entupidas e cheias de lixo, e da vegetação que cresce para cima delas, estando as entidades sujeitas a coimas;

2 – Criar-se programas de sensibilização a uma maior participação dos cidadãos na divulgação e reclamação de casos de falta de limpeza e, igualmente, de falta de civismo daqueles que prevaricam;

3 – Criar-se legislação, assim como um Programa nacional, para limpeza de matas, quer estatais, quer privadas;

4 – Criar-se um programa/campanha de sensibilização – à imagem do da reciclagem – para a limpeza de bermas e matas, bem como, para o não atirar de lixo para as ruas, bermas, matas e correntes de água;

5 – Criar-se uma campanha de sensibilização que, em articulação com a da reciclagem, mostre as vantagens de não se despejar lixos em locais impróprios;

6 – Criar-se legislação que penalize, em receitas fiscais, empresas que têm, por exemplo, serviços de take away, que originam muito do lixo não biodegradável que é atirado para as bermas por quem tem falta de civismo, ou legislação que obrigue essas empresas a aumentarem o preço desses serviços, para insensibilizar as pessoas a utilizarem-nos;

7 – Criar-se sinergias para que seja construído, pelo menos, um Ecocentro por Concelho e para que, em cada um destes Concelhos, hajam programas de informação e sensibilização à deposição de resíduos nesses locais;

8 – Criar-se sinergias para que todo o País lute e trabalhe por um Portugal mais limpo e bonito de se ver.

Se concordar com o teor desta Petição, contribua com a sua participação.

«Estradas de Portugal» reforça protecção do lince-ibérico

Empresa envolvida em vários projectos ambientais

2010-11-08

Por Carla Sofia Flores

Na Península Ibérica existem entre 84 e 143 linces ibéricos adultosA Associação para a Conservação do Lince-ibérico e desenvolvimento dos seus territórios (IBERLINX) conta agora com a parceria da Estradas de Portugal (EP), que pretende “contribuir para a reintrodução e conservação do lince ibérico e dos territórios onde se incluem os seus habitats e populações”, explicou ao Ciência Hoje Ana Cristina Martins, directora do Gabinete de Ambiente da empresa.

Segundo esta responsável, a integração da EP na IBERLINX vai dar azo ao desenvolvimento de medidas que contribuam para a minimização da probabilidade de atropelamento de linces nas estradas e do efeito-barreira causado por estas infra-estruturas.

Ana Cristina Martins admite que as estradas constituem uma barreira à mobilidade dos animais e que o atropelamento é um factor de mortalidade. No entanto, acredita que o estado de pré-extinção em que a espécie se encontra está relacionado principalmente com a perda de habitat e indisponibilidade de alimento devido à regressão, nas últimas décadas, das populações de coelho, a principal presa do lince, e não à presença da estrada.

A implementação de medidas de minimização e compensação de impactos provocados pelas estradas na fauna está contemplada na legislação e, de acordo com Ana Cristina Martins, “a EP tem vindo a cumpri-la nos seus projectos”. Contudo, com a integração na Associação IBERLINX, esta empresa pretende “ir mais além das medidas usualmente implementadas, participando em acções que visam a conservação da espécie em território nacional”.


Estradas são barreiras para a mobilidade dos animais
“Não se trata de ‘pôr a mão na consciência’”, diz a responsável, acrescentando que na sua actuação a EP sempre desenvolveu estudos de impacte ambiental, onde a componente biológica é uma das vertentes estudadas. Estes estudos permitem projectar as estradas em respeito pelos valores em presença ou, no caso de não ser possível evitar afectação de habitats e espécies em particular, implementar as medidas de minimização e compensação que são entendidas como necessárias pelos especialistas.

“A mobilidade é em si mesmo um valor a garantir, preservar e promover como garantia da própria sustentabilidade do território e preservação de valores ambientais, pois é garante de actividade económica e sem esta não haverá recursos, por exemplo, para a reintrodução do lince”, frisou Ana Cristina Martins.

No âmbito da conservação da biodiversidade, a EP também já estabeleceu protocolos com universidades e fundações, para estudos de investigação e acções de conservação, tal como aconteceu com a Faculdade de Ciências de Lisboa, que realizou um estudo da mortalidade de vertebrados nas estradas para que se implementem medidas que permitam reduzir este factor.

Ana Cristina Martins destacou também a participação da EP na Fundação Floresta Unida com o objectivo de contribuir para a reflorestação de áreas afectadas por incêndios ou outras fontes de degradação.

Artigo em CiênciaHoje
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