FDO investe na exploração do potencial das ondas em Portugal

O grupo FDO vai desenvolver, em Portugal, parques de produção de energia, aproveitando o potencial das ondas. Através da sua participada Urbancraft – parceria com a empresa ABB –, o grupo acaba de assinar um acordo com a Hidroflot, empresa de engenharia ligada às energias renováveis, sedeada em Barcelona.

O primeiro projecto resultante desta parceria passa pela instalação, na zona piloto situada ao largo de São Pedro de Moel, de um módulo inicial de 4 MW, num investimento que ronda os 12 milhões de euros. O módulo será englobado numa área de 320 quilómetros quadrados, a partir dos 30 metros de profundidade e até aos 90 metros, sendo que toda esta zona piloto terá um total de 80 MW de potência (vários módulos) e será posteriormente estendida a uma potência de 250 MW. As infra-estruturas estarão a cargo da REN.

A Urbancraft pretende, através desta parceria, acrescentar valor à empresa e, em simultâneo, participar activamente no desenvolvimento de um cluster nesta área. Actualmente a Hidroflot encontra-se a desenvolver o Projecto Calma, que consiste numa instalação de 50 MW na zona costeira das Astúrias, contando com o apoio do Ministério Espanhol de Educación y Ciencia, Ministerio de Industria, Turismo y Comercio e do Programa de Apoio à Competitividade Empresarial (CEIPAR), e a participação de privados.

Fundado em 1980, o grupo FDO tem como principais áreas de negócio os sectores da construção civil e obras públicas, promoção imobiliária, centros comerciais, hotelaria, serviços e parques de estacionamento, ambiente e energia. O seu crescimento é visível através da presença além fronteiras. O grupo conta com sucursais em França, Espanha, Angola, Marrocos e Polónia.
Artigo original em: Ambiente online

Floresta Portuguesa

A Floresta Portuguesa ocupa 3,3 milhões de hectares, segundo os últimos dados, o que corresponde a 38% do território nacional. Segue-se 33% com ocupação agrícola e 23% com áreas de incultos. O potencial de crescimento da área arborizada é de cerca do dobro caso sejam aproveitadas as áreas de incultos e improdutivos.

A distribuição segundo as principiais espécies, indica o Pinheiro Bravo como a espécie florestal predominante, com 29,1% da ocupação, equivalente a 976 mil hectares. Segue-se o Sobreiro com 21,3%, o que corresponde perto de 713 mil hectares e o Eucalipto com 20,1%, o que corresponde a mais 672 mil hectares de floresta.

Os bens produzidos pela via da actividade florestal, sustentam uma importante e integrada cadeia industrial, baseada em recursos naturais, suportando por si, um forte sector de exportação. Por conseguinte, a floresta e a actividade florestal em Portugal são uma importante área da nossa economia. Portugal, no contexto Europeu e mesmo Internacional é um país especializado no sector florestal, sendo a receita um importante contributo para o PIB. Maior até que a média Europeia.

Do ponto de vista de transacções para o mercado internacional de produtos florestais e de base florestal, os mais importantes são: papel e cartão, pasta de papel, cortiça, madeira e produtos de resina e mobiliário.

Algumas particularidades da floresta Portuguesa são no entanto determinantes para planeamento e gestão, a saber:

- uma relação entre floresta e sociedade secular e bem estabelecida;

- uma floresta alvo dos maiores programas de florestação em grande escala do século vinte (a floresta aumentou a sua área de 2 milhões para 3,3 milhões nos últimos cem anos);

- múltiplas regiões, com espécies florestais e sistemas de silvicultura diferentes e a necessidade de promover o uso múltiplo da terra e a fixação das populações;

- legislação específica para o sector florestal dirigida para o desenvolvimento de estratégias regionais e planeamento florestal;

- tendência para ocorrência de fogos florestais;

- importância de algumas espécies florestais, tais como: Sobreiro, o Eucalipto e o Pinheiro Bravo.

- a complexidade da propriedade florestal com apenas 15% pertencente ao Estado e à Indústria - o restante pertence a mais de 400.000 proprietários florestais privados que, segundo o relatório CESE, em 1991, apenas 41,7% da área era sujeito a qualquer tipo de gestão.

Todas estas particularidades referidas e outras não listadas, constituem um estímulo na vontade de promover a actividade florestal de modo sustentável tomando em linha de conta critério sociais, económicos e ambientais no quadro de desenvolvimento e promoção do PEFC Portugal (Programme for the Endorsement of Forest Certification - Sistema Português para a Certificação da Gestão Florestal Sustentável).


*Fonte: DGF/Dados do Inventário Florestal Nacional
Artigo original em: Flores e plantas
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