Consórcio português apresenta projecto de azulejos solares fotovoltaicos

"Foi hoje apresentado o projecto Solar Tiles – Desenvolvimento de Sistemas Solares Fotovoltaicos em Coberturas e Revestimentos Cerâmicos -, que consiste no desenvolvimento de protótipos funcionais de produtos cerâmicos fotovoltaicos integrados, de elevada eficiência, para o revestimento de edifícios (telhas e revestimentos exteriores de fachada) que incorporem filmes finos fotovoltaicos da última geração.
O projecto será desenvolvido por um consórcio de nove entidades nacionais (Revigrés; Dominó; Coelho da Silva; De Viris, Natura e Ambiente; CTCV; INETI; Universidade do Minho; CENIMAT; e ADENE), do qual a Revigrés é o principal promotor, e que concorre ao QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Com este projecto, pretende-se contribuir para um novo tipo de arquitectura de edifícios, que inclua o eco-design, fachadas e coberturas de edifícios baseados em materiais cerâmicos fotovoltaicos, numa perspectiva de novos produtos cerâmicos multifuncionais, em que se conjugam as funções estéticas (de um revestimento comum), com as funções técnicas de produção de energia, por forma a promover a sustentabilidade na construção.
O desenvolvimento deste novo tipo de produtos cerâmicos multifuncionais, previsto num período de 2 anos, permitirá validar a tecnologia e os processos de produção para, rapidamente, serem produzidos e colocados no mercado mundial."

CE põe em marcha novo pacote para tornar transportes mais verdes

"A Comissão Europeia pôs anteontem em marcha um novo pacote de iniciativas «Transportes Verdes», de modo a «empurrar» os transportes rumo à sustentabilidade. Em primeiro lugar, foi definida uma estratégia de modo a assegurar que os preços do transporte reflictam o seu custo real para a sociedade, para que os danos ambientais e os problemas de tráfego possam ser reduzidos gradualmente, de uma forma que acelere a eficiência nos transportes.
Em segundo lugar, uma proposta para capacitar os Estados-membros de forma a que possam colaborar nesta transformação, através de portagens mais eficientes e verdes para os camiões, com as receitas a serem utilizadas para reduzir os impactes ambientais dos transportes e cortar os congestionamentos.
Em terceiro lugar, foi apresentada uma comunicação para reduzir o ruído ferroviário. O pacote inclui ainda um inventário das medidas existentes na União Europeia de modo a tornar os transportes mais verdes e uma comunicação sobre as iniciativas adicionais que a Comissão irá pôr em prática antes de 2009.
«Este pacote é sobre atacar a poluição e as alterações climáticas, e assegurar que o poluidor e não os contribuintes está a pagar pelos danos ambientais. Entre os resultados, para além de transportes mais verdes, teremos menos emissões, até 8 por cento menos de consumo de combustível pelos camiões e menos filas para todos os utilizadores das estradas. Atrasos, emissões desnecessárias e custos galopantes são maus para as companhais de transportes, para os seus clientes e para todos nós», afirmou Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pelos transportes."

EDP compromete-se a reduzir emissão de gases poluentes em Sines já em 2008

"Cerca de 91 milhões de euros é quanto a EDP vai investir na instalação de sistemas de desnitrificação em Sines, a cargo do consórcio formado pela Alstom e Efacec. A este contrato acresce um conjunto de investimentos já em curso para a requalificação ambiental da central termoeléctrica da EDP, que totaliza a soma de 326 milhões de euros.

De acordo com a companhia eléctrica, estes investimentos vão permitir «reduzir significativamente as emissões de gases poluentes já a partir de 2008». As emissões de óxidos de azoto já foram reduzidas numa primeira fase, que começou a ser implantada em 2004, através de melhorias no sistema de queima do carvão. Agora a redução será feita através de sistemas de desnitrificação por redução catalítica selectiva, permitindo reduzir as emissões em 82 por cento. Este processo «consiste basicamente na remoção dos óxidos de azoto dos gases de combustão através da reacção com amónia que se realizará num catalizador, obtendo-se azoto e água, ambos constituintes do ar atmosférica», sintetiza a eléctrica nacional.

No caso dos óxidos de enxofre a EDP procedeu à instalação de dessulfuradores, que utilizam um processo de lavagem dos gases com uma solução de calcário, obtendo-se como resultado um subproduto utilizável – o gesso -, reduzindo em 92 por cento as emissões. A dessulfuração em Sines, cujo investimento foi de 190 milhões de euros, teve início em 2005, e prevê-se a sua conclusão para Outubro de 2008, aponta a EDP."

Carros eléctricos Renault-Nissan chegam a Portugal em 2011

" Governo e a Aliança Renault Nissan anunciaram hoje uma parceria para promover a mobilidade zero-emissões por todo o País, através de veículos eléctricos. A parceria foi lançada hoje em Lisboa, com a presença do Primeiro-ministro, José Sócrates, e Carlos Ghosn, presidente e CEO da Nissan e da Renault.

Portugal é o primeiro parceiro a aderir a esta aliança. Com o compromisso de ser o líder global em veículos de zero-emissões, esta iniciativa pretende reunir os sectores público e privado de modo a criar as condições necessárias para que estes veículos sejam uma solução viável e atractiva para os consumidores.

Através do acordo assinado hoje, o Governo focar-se-á em três áreas fundamentais: estudar em conjunto com a aliança como criar as condições certas para tornar os veículos eléctricos uma oferta atractiva para os consumidores portugueses; estudar as infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma rede nacional de estações de carregamento de baterias para veículos eléctricos; e identificar os canais de comunicação e redução mais eficazes para aumentar a sensibilização em relação a estes veículos.

A aliança Renault-Nissan concordou comercializar em massa os seus veículos eléctricos para os consumidores em Portugal a partir de 2011. Deste modo, o País será um dos mercados líderes a nível mundial para a introdução de modelos de todos os veículos eléctricos da aliança. Já há mesmo empresas nacionais em conversações com o Governo para criar uma rede nacional de abastecimento.

«Portugal tornou-se num país líder nas energias renováveis. Este acordo com a Renault-Nissan irá colocar Portugal também na linha da frente em termos de mobilidade sustentável com veículos zero-emissões. Promover carros eléctricos em Portugal irá reduzir a nossa dependência de petróleo importado e irá contribuir para um ambiente limpo», disse José Sócrates."

in Portal Ambiente online

G8 quer reduzir 50 por cento das emissões até 2050

"Durante a cimeira que está a decorrer no Japão os países do G8 chegaram a acordo sobre a redução de, pelo menos, 50 por cento das emissões mundiais de gases com efeito de estufa até 2050 e ainda sobre a definição, por cada país, de objectivos a médio prazo.

No encontro anual de 2007, em Heiligendamm (Alemanha), os G8 – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão, Rússia – apenas ponderaram sobre uma redução de metade das emissões poluentes até meados do século.

O lançamento de 20 projectos experimentais de captura e armazenamento de carbono até 2010, com uma ajuda de 10 000 milhões de dólares (6300 milhões de euros) por ano, pode contribuir, confiam os dirigentes do G8, para o cumprimento dessa meta.

Outro resultado da cimeira em Toyako é o apoio à criação de dois fundos para lutar contra o sobreaquecimento do planeta, ao qual vão dedicar 6000 milhões de dólares (3 800 milhões de euros). Um desses fundos, o Fundo para a Tecnologia Limpa, destina-se a novos financiamentos de grande escala para investir nos países em desenvolvimento em projectos de tecnologias com baixo consumo de hidrocarbonetos, e o outro, o Fundo Estratégico para o Clima, visa financiar diversos programas-piloto, tendo como alvo a resolução do problema das alterações climáticas."

Sobreiro ajuda a travar avanço da desertificação

"Em 2020, caso se verifique um cenário de gestão florestal inadequada das florestas de sobreiro, o avanço da desertificação a uma taxa superior a 1000 metros/ano será uma realidade, de acordo com um novo relatório da WWF, World Wide Fund for Nature e do Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves do Instituto Superior de Agronomia, que foi hoje apresentado, no Dia Mundial da Luta Contra a Desertificação.
O relatório O sobreiro, uma barreira contra a desertificação indica que a futura sobrevivência das florestas de sobreiro depende fortemente de uma gestão adequada e que o sobreiro, espécie emblemática da floresta portuguesa, é um instrumento fundamental no combate à desertificação em Portugal, cabendo-lhe desempenhar um papel decisivo na prevenção da degradação dos solos. Desde que adequadamente geridos, estes sistemas geram níveis elevados de biodiversidade, melhoram a matéria orgânica dos solos, contribuem para a regulação do ciclo hidrológico e travam o despovoamento.
Num cenário de gestão adequada dos povoamentos de sobreiro prevê-se que, em 2020, os níveis de densidade de 1995 possam ser repostos. Assim, apenas 20 por cento dos povoamentos terão menos de 40 árvores por hectare e metade dos povoamentos mais de 80 árvores por hectare, ou seja, a qualidade das florestas de sobreiro aumentará e assim estas terão maiores condições para funcionar como barreira contra a desertificação.
Outra das conclusões do relatório é que a área de distribuição do sobreiro pode expandir-se para Norte, uma medida reactiva num cenário irreversível de alterações climáticas e avanço da desertificação."

EDP reduz 1,1 megatoneladas de emissões de CO2 em 2007

"A EDP reduziu cerca de 1,1 megatoneladas (Mt) de emissões de CO2 em 2007, ou seja, menos 4 por cento comparativamente com 2006. O dado é avançado no relatório de sustentabilidade da empresa, recentemente publicado.
Considerando o parque total instalado e o mix de produção, a emissão específica global foi, no ano passado, de 457 gCO2/kWh, contra 484 gC O2/kWh em 2006, o que representa uma redução de cerca de 6 por cento.
Em Portugal, integrado no programa interno de incentiv
o a boas práticas de eficiência nos consumos – Programa Econnosco, obteve-se uma redução de 4 por cento nos consumos de água e de 13 por cento nos consumos de electricidade nos edifícios administrativos.
No final de 2007, o grupo dispunha de 58,9 por cento da sua potência instalada em capacidade de origem renovável. A potência hídrica cresceu cerca de 275 MW face a 2006. Durante o ano transacto, a produção líquida de energia eléctrica a partir de fontes de energia renováveis foi de 18 873 Gwh, cerca de 39,8 por cento do total de produção do grupo. A produção de electricidade dos parques eólicos atingiu 3 772 Gwh, mais 96 por cento relativamente a 2006."

Cidade do Rock reciclou 30 toneladas de resíduos

"A edição 2008 do Rock in Rio enviou para a reciclagem 34,1 por cento dos desperdícios produzidos nos 5 dias do evento.
Os 354 mil visitantes que marcaram presença no Parque da Bela Vista, em Lisboa, para assistir aos concertos do Rock in Rio, foram os principais responsáveis pela produção das 88 toneladas de resíduos registadas na contabilidade ambiental da “cidade do Rock”.
Numa altura em que Portugal está abaixo da média de reciclagem nos países da União Europeia ao não ultrapassar os 17 por cento, o Rock in Rio conseguiu superar a média dos 27 Estados-membros, reciclando, através da Sociedade Ponto Verde (SPV), 34,1 por cento dos resíduos produzidos. Destaque para a campanha da SPV, 100R, que certificou o evento com «garantia ponto verde» de que os resíduos seriam correctamente encaminhados para a reciclagem, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Valorsul.
Como forma de divulgação da campanha, a Sociedade Ponto Verde disponibilizou no recinto um espaço lúdico onde era possível colocar embalagens num copo com quase três metros, recebendo um brinde em troca. «No total, foram separadas e encaminhadas posteriormente para reciclagem 27 toneladas de plástico e 3 toneladas de papel», contabiliza Luís Veiga Martins, director-geral da SPV. Para a Quercus, a percentagem de lixo indiferenciado recolhido no Rock in Rio (65,9 por cento) é, ainda assim, muito elevada. «Nessas 58 toneladas há de certeza muito material que poderia ter sido reciclado», sublinha Pedro Carteiro, do Centro de Informação de Resíduos da associação ambientalista.
Adiada divulgação do consumo energético
Ao contrário dos resíduos, a contabilidade energética da “cidade do Rock” ainda não está concluída. De fora vão ficar os 200 painéis fotovoltaicos colocados no Palco Mundo que não foram ligados, como estava previsto inicialmente, «devido a algumas inviabilizações alheias aos organizadores do Rock in Rio», refere a organização do evento que optou por manter os painéis solares como cenário, de forma a sensibilizar os visitantes para as questões ambientais.
Os equipamentos, 400 no total, vão agora ser distribuídos pelos estabelecimentos de ensino vencedores do concurso “Rock in Rio Escola Solar”. A E-value, empresa que implantou no Parque da Bela Vista o programa CarbonoZero para reduzir e compensar as emissões de dióxido de carbono, ainda não tem todos os dados relativos ao consumo energético do evento, «devido a dificuldades no acesso à informação pela quantidade dos parceiros envolvidos». De qualquer forma, a empresa promete concluir o balanço até final do mês de Julho."

Risco de extinção das espécies foi até hoje subestimado

"Algumas espécies de seres vivos estão expostas a um risco de extinção claramente superior ao que até hoje era admitido, segundo um estudo hoje publicado na revista Nature. Ao negligenciar as diferenças entre indivíduos numa dada população, as pesquisas efectuadas até agora subestimaram os perigos para a fauna e a flora, afirmam Brett Melbourne, professor na Universidade do Colorado e os seus colegas. “As populações bastante grandes, consideradas anteriormente como relativamente protegidas da extinção, podem estar em perigo”, segundo afirma Melbourne. Segundo a União Mundial para a Natureza (UICN), mais de 16.000 espécies encontram-se em vias de extinção. Um em cada quatro mamíferos, um pássaro em cada oito e um terço dos anfíbios foram colocados pela UICN na “lista vermelha” da organização. Mas, segundo um estudo publicado pela Nature, os modelos que servem para estabelecer este género de classificação apenas consideram dois tipos de riscos. O primeiro é o risco de morte de alguns indivíduos de uma espécie rara, que pode pôr em perigo a sua sobrevivência, como é o caso em algumas espécies de baleias que contam actualmente menos de 400 indivíduos, ou para os tigres, cujo número de indivíduos em liberdade não passa dos 4.000. O segundo factor tem em conta as condições ambientais, como a desflorestação, assim como as alterações de temperatura ou de precipitação, ligadas às mudanças climáticas. No entanto, segundo Melbourne e Alan HStings, da Universidade da Califórnia, o ratio de machos-fêmeas, assim como as variações das taxas de fecundidade e de mortalidade no seio de uma população devem também ser levados em conta. A combinação de todos estes factores permite determinar se uma espécie é capaz de ultrapassar uma quebra demográfica súbita ou se existe um risco de extinção."
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