Portugal – O pior na reciclagem, de acordo com estudo

"Os portugueses reciclam uma ínfima percentagem do seu lixo, de acordo com os resultados de um estudo.
O estudo, efectuado pelo Instituto Britânico de Pesquisa de Políticas Públicas, que cobre somente os 15 Estados de Membros antes da ampliação da UE principalmente ao Leste em 2004 mostra que os portugueses reciclam apenas 3% do seu lixo.
Outros resultados indicam que os Gregos reciclam 8% e os Britânicos em 18%.
No extremo oposto da escala, os Holandeses reciclam 65% dos seus resíduos, seguidos pelos Austríacos em 59% e pelos Alemães em 58%.
Os autores do relatório destacam que em países como a Alemanha, em alguns locais, se paga por cada quilo de resíduos não reciclados e a recolha de materiais recicláveis chega a atingir mais de 65%.
Os Irlandeses que estão a meio da tabela no que diz respeito à reciclagem (31%) são os maiores produtores de resíduos, 869 quilogramas por a pessoa/ano."

Quercus Contesta

"A taxa de reciclagem de embalagens em Portugal cresceu 13 por cento entre 2002 e 2003, anunciou ontem a Sociedade Ponto Verde (SPV), entidade gestora deste tipo de resíduos. Por outro lado a Quercus denuncia o que considera uma «omissão e manipulação» de números, destinada a aumentar artificialmente o peso da reciclagem no nosso país. De acordo com a SPV, em 2003 foram recicladas em Portugal 218 mil toneladas de embalagens, mais 25 mil toneladas do que no ano anterior. Mais uma vez, as distribuidoras, com particular destaque para as grandes superfícies, foram as grandes responsáveis pela dimensão deste crescimento. Este sector entregou à SPV 60 mil toneladas em 2003, contra as 44 mil de 2002. No que toca às embalagens separadas pelos consumidores e recolhidas pelas autarquias e pelos sistemas municipais houve um crescimento das 122 mil toneladas para as 144 mil. Já a indústria (pequenas e médias empresas) foi a única, pelo segundo ano consecutivo, que entregou menos embalagens à entidade responsável pela reciclagem, num total de apenas 14 mil toneladas (contra 27 mil em 2002). Baseada na estimativa do número de embalagens colocadas no mercado em 2003, a SPV defende que Portugal está a reciclar 17 por cento das embalagens, contra os 25 por cento que tem de cumprir em 2005. Crente de que esta meta, meta fixada pelos Quinze, será cumprida, Lamy Fontoura, director-geral da SPV, destaca a evolução muito positiva da reciclagem em Portugal embora considere que há ainda grande necessidade de alteração da atitude dos cidadãos. O sistema da Sociedade Ponto Verde abrange 89 por cento dos concelhos de Portugal e serve 95 por cento da população nacional. A entidade gestora tem em fase final de negociação a renovação da sua licença de operação. «Ao reduzir as embalagens, a SPV aumenta, artificialmente, a reciclagem», segundo Rui Berkemeier, coordenador do Centro de Informação de Resíduos dos ambientalistas, denunciando que aquela entidade fala em percentagens sem esclarecer o universo a que se reporta."

Quercus lança campanha de reciclagem

"A reciclagem de rolhas de cortiça para criar bosques foi o mote de uma campanha nacional lançada ontem em Coimbra pela organização ambientalista Quercus, a que se associam empresas para tornar o projecto financeiramente sustentável.
Em Portugal, 300 milhões de rolhas por ano entram no mercado e a ideia é, gradualmente, ir alargando o sistema de recolha para que se evite a produção de CO2 com a incineração desse resíduo, e se transforme novamente em matéria-prima com ganhos económicos investidos em plantar e cuidar de novas árvores.
Paulo Magalhães, da Quercus, adiantou que, no primeiro ano, se pretende atingir uma recolha de dez por cento das rolhas que entram no mercado, no âmbito de um projecto que visa plantar e cuidar de um milhão de árvores em cinco anos. A campanha de recolha em estabelecimentos de restauração foi lançada simbolicamente no Restaurante Alfredo, em Coimbra.
A partir de 5 de Junho, os cidadãos passam a dispor de pontos de recolha nos hipermercados Continente, e posteriormente também na cadeia Modelo. Com esta campanha pretende-se igualmente criar 100 novas reservas biológicas, cuidar de dois mil animais nos centros de recuperação, proteger 50 hectares de zonas húmidas e restaurar 10 quilómetros de rios e ribeiras."

Valorsul apoia projectos de florestação

"A Valorsul, no seguimento da política de sustentabilidade ambiental da sua actividade, assina amanhã os protocolos referentes à florestação de parcelas de terrenos nas freguesias de Bucelas, Fanhões e Lousa, município de Loures. Está previsto um investimento de 162 350 euros e a plantação de 16 151 árvores.
Na freguesia de Bucelas a plantação a realizar totaliza 549 árvores, cuja estimativa de absorção de dióxido de carbono (CO2), para o período de 20 anos, é de 360,80 toneladas. Neste projecto serão investidos 6572 euros.
Em Fanhões serão plantadas 430 árvores, num investimento de 1494 euros. Está prevista a absorção de 224 toneladas de CO2 para o mesmo período. Na freguesia de Lousa irão ser plantadas três parcelas, num total de 15 172 árvores, que em duas décadas deverão absorver 2 188 toneladas de CO2. A Valorsul financia esta empreitada com 154 283 euros."

Portugal acima da média europeia na recolha e reciclagem de pneus

"Portugal já recolhe a quase totalidade dos seus pneus usados. Em 2007 o País recolheu cerca de 98,5 por cento destes resíduos, um valor acima da média europeia, que se situa nos 87 por cento. Os dados foram apresentados por Climénia Silva, directora-geral da Valorpneu, na 2ª Conferência de Resíduos, organizada pelo jornal Água&Ambiente. Enquanto a média de deposição em aterro deste resíduo nos países da Europa é de 13 por cento, no nosso País já é de zero por cento, acrescentou.
Foram ainda recauchutados 27,1 por cento dos pneus usados, e reciclados 65,6 por cento. Também em 2007 a Valorpneu viu crescer os contratos com os produtores em 16 por cento, totalizando 691 contratos. Todos os recauchutadores existentes em Portugal, 33 no total, estão dentro do sistema, dos quais 18 aderiram no ano passado.
Entre 2003 e 2007 a entidade gestora já recolheu 428 mil toneladas de pneus, o equivalente a cerca de 35 milhões de unidades. No ano passado, dos 93 747 pneus usados foram recolhidos 92 322, tendo sido colocados no mercado 83 772 unidades. Esta diferença deve-se, segundo Climénia Silva, aos pneus recauchutados que voltam a ser recolhidos, e aos pneus recolhidos que ficam fora do universo dos produtores aderentes."

Valorpneu recolhe e trata 97 246 toneladas de pneus

"Em 2007, a Valorpneu continuou a consolidar a sua actividade, tendo recolhido e tratado 97 246 toneladas de pneus. As iniciativas realizadas para captar novos aderentes traduziram-se em 85 novas adesões de produtores, tendo o ano fechado com 691 produtores/importadores. A taxa de recolha dos pneus usados gerados cifrou-se nos 98,5 por cento.
Cerca de 65,6 por cento dos pneus foram reciclados e 34,4 por cento foram valorizados energeticamente, o que ultrapassa as metas definidas legalmente, sublinha a Valorpneu. Em relação à recauchutagem, ainda não foi atingida a meta legal de 30 por cento, ficando demonstrado, segundo a empresa, «que esta se encontra desajustada e inconsistente com o mercado nacional».
Em 2007 aderiram 18 novos recauchutadores, registando a Valorpneu, no final do ano, um total de 33 recauchutadores aderentes, que correspondem à totalidade do universo identificado de recauchutadores com actividade em Portugal. No final do ano, o sistema contava com 49 pontos de recolha, dos quais 40 no Continente, um ponto de recolha na Região Autónoma da Madeira e 8 na Região Autónoma dos Açores."

Hidrogénio pode reduzir em 40 por cento o consumo de petróleo nos transportes

"No ano 2050 o hidrogénio poderá reduzir em 40 por cento o consumo de petróleo nos transportes, de acordo com o projecto europeu HyWays, que propõe uma estratégia para ultrapassar os constrangimentos económicos e tecnológicos e potenciar a competitividade europeia.
Vários estudos calculam que o patamar da rentabilidade possa ser atingido entre 2025 e 2035. O plano de acção que consta no projecto HyWays indica que durante esse período, com estimativas para o ano de 2030, já possam circular 16 milhões de automóveis movidos a hidrogénio, caso se concretize o investimento total de 60 mil milhões de euros.
Em termos de potencial, o hidrogénio, por ser um vector energético com zero de carbono, pode produzir-se a partir de todos os recursos energéticos e converter-se em electricidade e calor com «uma alta eficiência e sem emissão de gases», destaca o relatório da ETAP - Enviromental Technologies Action Plan, sobre este vector energético.
Além disso, o hidrogénio «permite a cada Estado-membro da União Europeia optar pelo mix energético que mais lhe convier». Não obstante, para ser competitivo, «é necessário reduzir consideravelmente o custo do seu uso final, especialmente para os transportes rodoviários», avalia o documento. Para isso será necessário desenvolver programas de incentivo à inovação tecnológica."

Plantas «escalam» montanhas devido ao aquecimento global

" O aquecimento climático causou, nas últimas décadas, a migração de numerosas espécies vegetais para altitudes mais elevadas, revela um estudo conduzido por uma equipa internacional e publicado quinta-feira na Science.
Comparando a distribuição de 171 plantas de floresta em altitudes que variam do nível do mar aos 2.600 metros entre 1905 e 1985 e, depois, entre 1986 e 2005, os investigadores concluíram que as plantas "escalaram" cerca de 29 metros por década.
As observações mostram que as alterações climáticas não afectam somente a distribuição das espécies vegetais em longitude e latitude mas também em altitude. A mudança é mais evidente nas ervas de renovação rápida e nas plantas de regiões montanhosas, que, tal como já se suspeitava, são mais sensíveis às mudanças do clima - assinalou Jonathan Lenoir, do Instituto de Tecnologia de Paris, principal autor da investigação. O estudo assinala que o aquecimento do clima está a provocar uma resposta biológica e ecológica dos animais e das plantas na superfície de todo o planeta (comprovada pela evolução da distribuição e pela densidade das espécies) mas também nas profundidades marinhas. Os cientistas notaram ainda que a mudança climática em França - onde teve lugar grande parte do estudo - se caracteriza por aumentos anuais médios de temperatura com uma amplitude superior ao resto do mundo, pois enquanto em todos os países estudados se verificou um aumento de 0,6 graus Celsius, em França a subida foi de 0,9 graus. Nas regiões alpinas, o aumento da temperatura média chega ao 1 grau desde o início dos anos 80, o que explica o recuo dos glaciares, indicam os analistas."
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